Triagem
Avaliação das Red Flags/ patologia específica e perfil de risco de desenvolver dor persistente e incapacitante.
O diagnóstico de lombalgia é muitas vezes difícil. A maioria dos utentes com lombalgia não apresenta uma causa anatómica ou fisiológica identificável para os seus sintomas, sendo que cerca de 90% destes utentes são diagnosticados com lombalgia não específica, ou outra designação equivalente, que no essencial é um diagnóstico baseado na exclusão de uma patologia específica. Desta forma, a triagem inicial deve ter como objetivo a avaliação de red flags/ patologia específica.
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Através da aplicação de questões simples, patologias específicas como fratura osteoporótica, estenose do canal lombar, doença visceral, tumor ou metástase tumoral, espondilartrite e infeção, podem ser excluídas. |
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A exclusão de radiculopatia associada à lombalgia deve também fazer parte da triagem inicial. |
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Em casos de suspeita de patologia específica/ radiculopatia, o utente deve ser referenciado para o Médico especialista, ou deve ser feita a pesquisa de informação adicional (p.e. exames complementares de diagnóstico). |
Nos utentes diagnosticados com lombalgia não específica, a identificação precoce de subgrupos de utentes com prognóstico favorável, e outros com maior risco de desenvolver dor persistente e incapacitante, é crucial para a implementação das recomendações sugeridas pela evidência científica no tratamento destes utentes. Tal permite melhorar os resultados em saúde e reduzir custos associados a cuidados inapropriados e dispendiosos.
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O risco de desenvolver dor persistente e incapacitante deve ser avaliado através da aplicação da versão portuguesa do questionário “STarT Back Screening Tool”. |
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Após a categorização do risco, o utente deve ser referenciado de imediato para o tratamento especializado de Fisioterapia. |
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De acordo com a categoria (Baixo, Médio ou Elevado Risco), o utente deverá ter à sua disposição um tratamento de Fisioterapia diferenciado e personalizado. |